quinta-feira, 28 de maio de 2009

Homenagem

Disse adeus poucas vezes na vida. No último final de semana tive que dizer mais uma vez. Embora essa palavra carregue sofrimento, aprendi em meio a lágrimas e abraços, que talvez seja um dos maiores gestos de amor que podemos dar.

Meu tio pôde se despedir de todos seus amigos, da família, e com os filhos em sua volta, escutou o quanto era amado e motivo de orgulho para todos eles. Foi com as mãos acarinhadas que recebeu o adeus que mais merecia - o cheio de amor. Meus primos que rezavam por um milagre, diante da situação mais difícil de suas vidas, disseram “pode ir pai”. Essa aprovação final era o que ele precisava para partir e ele foi.

Para quem não conheceu o meu Tio Joca – o que é uma grande pena – ele era um paizão, corinthiano-roxo, um tio puxa-saco, engraçadíssimo e extremamente alto-astral. Sua alegria era marca registrada, mesmo em momentos de muita aflição seu bom humor sempre falou mais alto.

Anos atrás, chegando próximo ao Natal e sem dinheiro, se vestiu de Papai Noel, comprou “luzinhas” e foi vender. Ofereceu seu produto em um restaurante. O segurança logo disse não, mas a sorte estava ao seu lado, e ele cruzou com o dono do lugar que vinha acompanhado por um gringo. Ele explicou sua situação em inglês e quando questionado por que estava ali, vendendo aquelas caixinhas, respondeu com um baita sorriso no rosto “é a crise, né?”. O dono do restaurante comprou tudo, na hora.


É Tio, com certeza a sua simpatia gratuita, tão rara hoje em dia, fará muita falta nesse mundo. Adeus e obrigada por tudo!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Abre alas

Eu sempre falei sobre a minha paixão pelo Terceiro Setor, claro que tomando um cuidado especial para não ser uma criatura extremamente chata onde tudo é social, sustentável ou engajado.

Não sou xiita ao defender opiniões, mas talvez seja sonhadora demais, e pesando os dois lados da minha balança, faço deste blog, através de exemplos, uma extensão daquilo tudo que eu acredito: a sociedade é capaz de se organizar e trabalhar para mudar (qualquer) situação.

Você acredita que todo homem deve ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro para cumprir a sua missão? Ok. Mas plagiando Ghandi acrescentaria mais um item, "devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”.

No Além da Responsabilidade Social você vai conhecer pessoas, instituições, ong’s, centros e empresas que estão de algum modo, buscando o próprio jeito de fazer essa diferença. E eu faço questão em dividir todas essas histórias com você!

Seja bem-vindo!