terça-feira, 24 de novembro de 2009

Virou rotina



Hoje um bebê recém nascido, ainda com o cordão umbilical, foi abandonado dentro de uma caixa de papelão em Salvador. Em São Paulo uma criança de oito meses foi “esquecida” em uma oficina mecânica. Todo dia uma notícia desse tipo aparece na mídia. O que deveria ser a exceção da exceção virou rotina.

Não aceito justificativas para o abandono, seja de um bebê, um idoso, um animal ou até mesmo de um problema que bate a nossa porta. Pôncio Pilatos nunca foi o meu referencial, e lavar as mãos, ao meu ver, é conforto para os preguiçosos. Nenhuma dificuldade justifica esse tipo de atitude, a saída mais rápida nem sempre é a mais correta.

O que está faltando?

 Responsabilidade, dignidade, amor e respeito à vida - ingredientes capazes de barrar que qualquer tipo de indiferença nos contamine.

E justiça. Infelizmente, no caso dos bebês, não são todas as mulheres que podem ser mães. Gerar um filho durante nove meses não atesta que naquele ventre existe amor. Para os que abandonam deve existir punição, e para as crianças, mais uma chance de ser feliz.

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